Muita coisa importante
passa despercebida pelos nossos olhos: as mínimas ações, os atos discretos, os
desabafos impensados... O nosso cotidiano mostra em seus detalhes muito do que
é a humanidade e a sociedade. Vi algo interessante ontem e achei que vinha ao
caso escrever sobre. Essa é a primeira tentativa de discutir o cotidiano despercebido. É uma experiência
que pode dar certo; ou não. Vejamos.
6h da tarde: trânsito parado na Giovanni Gronchi. O ônibus não anda. Dentro
dele, as pessoas reclamam, mas não vão além dos murmúrios. Insatisfação quase calada.
Pés e pernas estão apressados, agitados, ansiosos. Até que alguém decide mudar
isso: uma pessoa se levanta, desce e continua seu caminho andando; outras
seguem seu exemplo. Nos outros busões, outras pessoas veem as que estão andando
e, involuntariamente, fazem o mesmo. Mais e mais pessoas decidem sair do stress
do engarrafamento e avançarem por si mesmas, sem depender de coisas sobre as
quais não tem controle. Agora, pergunto: Quem está mais satisfeito? O que
continuou no ônibus na ilusória esperança de o trânsito simplesmente sumir ou o
que decidiu fazer alguma coisa? Exato! Percebe onde queremos chegar?
A sociedade é cheia dessas. As pessoas com certeza ficam mais satisfeitas
consigo mesmas quando agem do que quando ficam esperando que um milagre
aconteça. O problema é perceber isso. Nosso dia a dia é permeado por tímidas
reclamações (tipo um "nossa, como isso 'tá ruim" ou um "e esse
trânsito que não anda?!"), mas quase não mostra soluções ou tentativas de
soluções. Para que elas comecem a surgir, é preciso de uma iniciativa. Porém,
na grande maioria das vezes, as pessoas têm medo de tomarem tais iniciativas. Poucos
são os que dão o exemplo de ação.
E você, vai continuar só nas reclamações ou vai fazer alguma coisa?
Até o próximo post \õ.
Até o próximo post \õ.